
Defuma Amanda, os cantos e o centro
Passeia pelo terrero, não tarda a festa
Alimenta o ambiente, consagra o divino
Rodopia minha gente, inocente e coerente
Chama logo o caboclo, o Exu e a Pomba-gira
Bebe e fuma, mata a vontade eminente
O atabaque marca a passada, longa noite de dança
No tremor e cambaleio a morena entorta o rosto
Franze a testa, recebe o moço, despacha a moça
Assistência bate palmas, bebe da fonte iluminada
Beija, abraça, leva o soco forte, o coração dispara
Não há nada além da sabedoria vinda doutro lado
E quando por fim chegar a lua grande, dorme o santo cansado
A saia para a roda, o vestido volta ao armário
E no além se vão os tambores, apagam-se as luzes
É fim de mais uma jornada.
Alexandre Cesar Martins – 01 de abril de 2009
3 comentários:
stei parabens pelo tema e vc como sempre quebrando barreiras
É isso, poesia...
Do fundo de algum saber!
Sem barreiras! Livre para se sentir, leve para se abrir!
Parabéns e não pare nunca!
Adorei o modo em q vc junta as palavras..te desejo tudo de bom..
Bjuxxx parabens
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