
A noite se estende rasteira
Alegórica em sua carruagem cintilante
Camuflada entre máscaras e reclames
Travestida de pureza feminina
(Sorrateira )
A noite se estende rasteira
Desintegrando-se entre olhares atentos
Duas estrelas refletem filosofias
Outras tantas apenas o alento
A música não para, o microfone não cala
Não dorme no ponto, não perde a vaga
No compasso pés famintos sapateiam
A noite se estende, até esbarra
(Corpos vestidos de nudez)
A mesa de plástico balanceia
De um lado para o outro no salão
Um homem de seios gagueja
Silêncio do saguão
(O néctar do povo, a inteligência ameaçada)
A noite se estende rasteira
A estrada longa é convidaditiva
As luzes criam ilusões
Irrealidades são vendidas em garrafas metalizadas
No lar a segurança e dois cérebros a pensar
Na revolta a decisão objetiva
O sol ainda dá espaço a lua
O travesseiro grita em desespero
(pedido aceito, dizem os cabelos)
A noite se estende
Rasteira
Sorrateira
Silenciosa.
Alexandre Cesar Martins – 30 de março de 2009
3 comentários:
Ale como sempre vc se superando.
Não me espanta se daqui algum tempo vc estar escrevendo o seu proprio livro.
POis esse esta magnifico parabens.
Murillo (lilo)
Maravilhoso!!! Me senti neste poema!
Os plásticos jamais entenderão, os vidros (com certeza), saberão!
Parabéns!
Muito legal bem excrito,bem desenvolvido...
Futuramente estara com seu livro por ai vai ser consequencia desse trabalho lindo que tais fazendo..
Parabéns!
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